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Hidroanel de São Paulo, um outro rumo para a cidade

Texto retirado do portal ‘Arquitetura e Urbanismo para todos’, criado pelo CAU/BR.

Hidroanel de São Paulo, um outro rumo para a cidade

Uma São Paulo com rios limpos e utilizados por barcaças, táxis e ônibus aquáticos? Parece ficção científica, mas será realidade, se e quando o projeto do Hidroanel Metropolitano de São Paulo for posto em prática. Trata-se de um dos mais ambiciosos projetos sob o ponto de vista arquitetônico, cultural, e sustentável, capaz de mudar radicalmente a lógica da cidade. Seu projeto o prevê os canais navegáveis urbanos como principal eixo de transporte de grandes cargas, tirando o protagonismo das rodovias intermunicipais e vias expressas.

Em termos de mobilidade urbana, os barcos também poderiam transportar passageiros e incentivar o turismo de esportes aquáticos nas represas. Além disso, a proposta prevê a transformação dos eixos em uma rede de vias que permitem à cidade melhor gestão de resíduos e eficiência na reciclagem. Um plano para 30 anos no futuro, num país em que estamos acostumados a não pensar nada para além de 4 anos eleitorais já é, em si, algo bastante raro. Mas há quem acredite que os rios de São Paulo, hoje um problema para a cidade, possam se tornar parte da solução, inclusive a curto prazo.

Uma dessas pessoas é Alexandre Delijaicov, coordenador do grupo Metrópole Fluvial, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e arquiteto da Prefeitura de São Paulo. Ele defende que se o hidroanel sair do papel, São Paulo pode se tornar de uma metrópole sobre rios, para uma metrópole para os rios. E nessa cidade fluvial há muitas oportunidades de negócios, inclusive para os trechos mais curtos de hidrovias. Ele afirma que canais navegáveis de pouca extensão podem ter um enorme potencial econômico. “Pra vocês terem uma ideia, o rio Sena, em Paris, e tudo que os turistas conhecem do rio Sena, da torre Eifeel até Notre Dame ou até o canal San Martin, tem em torno de 3 quilômetros.” Por isso, para ele, a hidrovia do canal inferior do rio Pinheiros, apesar de ser consideravelmente menor do que as outras previstas no projeto do Hidroanel, com 10 quilômetros, possui grande importância por estar localizada numa das áreas de maior concentração de renda e negócios do Brasil.

Para o coordenador do grupo Metrópole Fluvial, os rios de São Paulo não seriam poluídos se o Plano de Avenidas, de 1930, não interrompesse a navegação que já acontecia na cidade. Na época, eram 2 mil embarcações credenciadas, que faziam transporte de carga, material de construção e hortifruti. “Com a população tendo sua vida voltada para o rio, dificilmente ele ficaria poluído. Com o fim da navegação, os rios se tornaram canais de esgoto a céu aberto, emparedados por rodovias.” Essa ocupação das várzeas que tornou crônico o problema das enchentes.

No dia 17 de setembro, a iniciativa Por uma Cidade Navegável realizou um teste de um ônibus aquático no rio Tietê. Alexandre era um dos passageiros. Ele acredita que poderíamos imediatamente pôr os barcos na água com 5 hidrovias urbanas latentes, totalizando 180 quilômetros de canais e lagos navegáveis. Entretanto, três desses trechos são em águas muito poluídas, do rio Pinheiros e Tietê.

Mais cauteloso, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, concorda em colocar barcos na água em breve quando se trata das represas “No ano que vem podemos testar, ainda não temos segurança de que é rentável, viável, sustentável, mas eu penso que alguns trechos ali das represas talvez seja possível ganhar tempo, cortar caminho pelo traçado da represa. Isso tem que ser testado, no mínimo nós temos que explorar a possibilidade.” afirmou ele no fórum Arq.Futuro, em debate sobre águas urbanas.

Com o término da eclusa da Penha, obra do governo estadual, o rio Tietê ganha mais 17 quilômetros navegáveis. Essa navegação diminuiria os custos de dragagem e despoluição, já que o transporte do lodo é feito por caminhões, atualmente. Além destas cargas públicas, a hidrovia pode diminuir os custos de transporte de lodo das estações de tratamento de água e esgoto, lixo urbano, entulho e terra de escavações. Com o hidroanel completo, os benefícios podem ser estendidos às cidades da região metropolitana.

Já o transportes de carga comercial pode incluir materiais de construção, material reciclável e hortifruti. Nessa perspectiva, os armazéns do CEAGESP seriam muito beneficiados pela diminuição de custos de logística. A ideia é que isso se reflita nos preços dos alimentos e na eficiência do comércio.

Conheça o mapa dos trechos do Hidronel e seu cronograma de implantação.

Infraestrutura: o mais estreito gargalo econômico brasileiro

A principal vantagem do transporte hidroviário para cargas é o seu custo, que é mitigado pela grande capacidade. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), uma barcaça de carga transporta 1500 toneladas, frente às 26 toneladas de uma carreta, 58 vezes mais capacidade. A desvantagem do tempo e flexibilidade é colocada em segundo plano quando usado para cargas de baixo valor agregado e grandes distâncias. Nessa comparação, o modal aquático muitas vezes se sai melhor mesmo se comparado ao transporte sobre trilhos.

Sendo o Brasil um país continental, rico em rios de grande capacidade e grande extensão, os modais mais indicados são o aquático e ferroviário. Entretanto, atualmente 60% do transporte de carga no Brasil é sobre rodas. Os trens representam um quarto do total. Segundo a FIESP, no estado de São Paulo a disparidade é ainda maior, 93% da carga flui pelas estradas e apenas 5% sobre trilhos. Isso não é por acaso, historicamente, desde os anos 50 o Brasil privilegiou o modal rodoviário, com consequências à infraestrutura e à maneira como pensamos a cidade. E São Paulo virou as costas para os rios já na década de 30, quando muitas das grandes avenidas da cidade foram construídas nos leitos dos rios, onde o custo seria menor, devido às desapropriações. Isso causou o problema crônico das enchentes.

Confira o documentário Entre Rios, de Caio Ferraz, sobre a urbanização e os rios da capital paulista e que já publicamos aqui no blog.Vale a pena rever!

logo_PAGAMA-social_Blog Assunto que deveria ser pauta de discussão com mais constância e efetividade. O transporte e nossos recursos hídricos são problemas sérios no Brasil e que se agravam a cada dia com a ineficácia de ações do poder público, principalmente em São Paulo, que é a cidade mais pujante do país e, portanto, sofre mais também com estas questões. É preciso levar adiante planos como este, com a cautela de ser implantado após muito estudo e com o cuidado e planejamento necessário, coisa que normalmente falta nas ações públicas. É um processo mundial atualmente rediscutir o planejamento urbano e adequá-lo às necessidades e tecnologias do presente e visando um futuro que prima por melhor logística, inovação e uso mais sustentável dos recursos naturais. No nosso caso, estamos num processo de mudança dos paradigmas urbanos planejados e parcialmente implantados na década de 30, com o plano de avenidas do Francisco Prestes Maia e deveríamos partir para um plano mais humano e sanitarista do Francisco Saturnino de Britto, que competiu à época a este do Prestes Maia, que foi escolhido. Este movimento, que acontece só agora no Brasil, já completa décadas nas cidades mundiais, sejam elas inseridas em países desenvolvidos ou em desenvolvimento.

archdaily | São Paulo é escolhida para sediar a Bienal Iberoamericana de Arquitetura e Urbanismo de 2016

Por  do Archdaily Brasil.

A cidade de São Paulo acaba de ser eleita a sede da Bienal Iberoamericana de Arquitetura e Urbanismo (BIAU) de 2016, evento promovido pelo Ministério de Fomento do Governo da Espanha, juntamente com o Conselho Superior de Arquitetos da Espanha.

Superando a candidatura do Porto, São Paulo será a primeira cidade brasileira a receber o evento, que terá uma programação repleta de atividades acadêmicas, exposições e apresentações de projetos.

Esta é a segunda vez que a BIAU é realizada em território lusófono – a primeira vez foi em 2008, quando Lisboa recebeu o evento – e contará com o apoio do Governo Federal Brasileiro e da Prefeitura de São Paulo. A coordenação do evento ficará a cargo do Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB-SP.

O Conselho Reitor da Bienal também convidou os arquitetos Ángela García de Paredes e Ignacio García Pedrosa a assumirem como comissários da edição de 2016 – a dupla lidera desde os 1990 o escritório Paredes Pedrosa Arquitectos, tendo já uma carreira reconhecida e muita experiência na área curatorial.

arcoweb | Animação compila as obras-primas da arquitetura moderna; assista!

Publicado por Arcoweb em 06 de Agosto de 2014.

TRIBUTO INCLUI RESIDÊNCIAS COMO A FALLINGWATER HOUSE, DE FRANK LLOYD WRIGHT, E A FARNSWORTH HOUSE, DE MIES VAN DER ROHE

O designer gráfico Matteo Muci encontrou uma forma inusitada de prestar um tributo à arquitetura moderna e seus mestres. Ele compilou algumas das mais famosas residências modernistas em um vídeo que instiga os espectadores a adivinhar qual é o projeto que aparece “em construção”, durante a animação. A lista vai de Le Corbusier a Frank Lloyd Wright. Confira:

PEGN | Impressora 3D constrói casa em menos de 24h

Em 17/01/2014 por Redação Pequenas Empresas Grandes Negócios.

Uma versão gigante da ferramenta está sendo testada e pode beneficiar milhões de pessoas
A impressora poderia ser usada para reconstruir áreas devastadas por desastres naturais (Foto: Divulgação)
A impressora poderia ser usada para reconstruir áreas devastadas por desastres naturais (Foto: Divulgação)
Hoje, muitos objetos já podem ser fabricados por impressoras 3D. De chaves a sapatos, de comidas a móveis, as possibilidades parecem infinitas para esse novo aparelho.

Tanto que uma versão que está sendo testadas na Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, será capaz de construir uma casa inteira em menos de 24 horas.

Essa versão gigantesca da impressora foi projetada pelo professor Behrokh Khoshnevis e irá substituir operários e guindastes da construção civil. Mas os trabalhadores não são totalmente dispensáveis. O sistema ergue as paredes com concreto, enquanto que os operários ficam responsáveis pelo acabamento, o que torna o processo muito mais rápido.

A ideia é reduzir drasticamente os custos da construção e acabar com déficit de moradia do mundo. Ela também poderia ser usada para reconstruir áreas devastadas por desastres naturais, como foi o caso das Filipinas recentemente ou as cidades brasileiras que sofrem com deslizamentos na época de chuvas.

A tecnologia, chamada de Contour Crafting, pode rapidamente construir uma estrutura completa a partir de um projeto de computador. Segundo seus idealizadores, o método produz estruturas muito mais fortes do que os métodos de construção usados hoje.

Veja como funciona:

Veja | Cinco problemas do modo de produzir imóveis no Brasil que alavancam o custo para o consumidor final

Texto publicado na coluna ‘Cidades sem fronteiras’, por Mariana Barros.

Custos dos empreendimentos são repassados ao consumidor final, aumentando o preço dos imóveis (foto Gilson Abreu)

O alto preço praticado pelo mercado imobiliário nas metrópoles brasileiras, onde cobra-se assombrosos 45 000 reais por um único metro quadrado nos endereços mais prestigiados do país, envolve fatores que vão além da simples especulação. O boom vivido no final da década passada foi, de modo geral, fruto da combinação de uma demanda que passara muitos anos sendo reprimida, da oferta de financiamento e dos preços relativamente acessíveis dos imóveis. De lá para cá, porém, assistimos a uma alta sem precedentes, e o lar dos sonhos foi jogado lá nas alturas. A inflação acumulada e a queda de poder de compra dos brasileiros contribuíram para tornar o cenário ainda mais difícil. Mas não foi só isso. Uma análise mais detalhada permite ver que o próprio processo de produção imobiliária ajudou a alavancar os preços, como aponta o professor João da Rocha Lima, do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP. Abaixo, os principais deles e alguns dos impactos que podem ser sentidos na ponta do lápis. 

1) Terrenos
Antes dominadas por casas, a cidades passaram ser cravejadas de edifícios, num processo de verticalização cada vez mais intenso. Isso levou a uma corrida frenética por terrenos disponíveis, adquiridos pelas incorporadoras por montantes proporcionais ao acirramento da disputa por eles. Fortunas foram pagas por espaços que jamais valeram aquele tanto, às vezes em patamares superiores ao que as próprias empresas poderiam ter pago, tudo pra tentar garantir um lugar ao sol. Em 2005, a aquisição do terreno representava para as incorporadoras cerca de 13% do custo do empreendimento. Neste ano, a fatia já saltou para o equivalente a 35% das despesas, ou seja, mais do que dobrou em menos de dez anos. Resultado: esse custo adicional é repassado no preço final. Como essas áreas seguem tornando-se mais e mais escassas, a escalada tem tudo para prosseguir.

2) Falta de mão de obra
A ausência de pessoal capacitado atinge todos os níveis profissionais presentes numa obra, do engenheiro ao pedreiro. Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 61% dos estudantes de engenharia desistem do curso antes de se formar. A causa mais comum é a má formação em matemática e ciências durante o período escolar, o que os impede de acompanhar o curso universitário. O alto custo das mensalidades e a falta de aulas práticas, já que a maior parte da grade é teórica, são outros dos motivos apontados. Aliás, essa falta de prática tem outro efeito colateral grave, o de entregar ao mercado de trabalho profissionais sem experiência prévia. Isso ajuda a explicar por que apenas 42% dos engenheiros formados atuam na própria área, como aponta outro levantamento da CNI. “Como esses profissionais não estão prontos para a indústria, buscam outros setores”, diz Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da entidade. Sobra para as empresas a tarefa de tentar preencher a lacuna universitária e oferecer treinamento prático. Mas isso demanda tempo e investimento nem sempre estão disponíveis ou que, quando disponíveis, geram um custo adicional. Essa mesma lógica ser aplicada às demais atividades da construção. No final das contas, esse custo também é incorporado ao preço final dos imóveis, encarecendo-os ainda mais.

3) Burocracia e corrupção
A simples aprovação de um projeto junto à prefeitura, com todas as licenças exigidas por lei, pode levar mais de ano. Em setembro passado, o prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) prometeu que a demora cairia de 450 dias (!) para a metade disso até o final deste ano, e que em 2016 seria preciso esperar apenas 90 dias para estar com toda a documentação em mãos. Quanto mais tempo é preciso esperar pelo retorno do investimento, mais caro fica o empreendimento — imagine o custo de deixar o capital parado durante um ano e meio, por exemplo. Sem motivos que justifiquem uma espera tão longa, recaem sobre a prefeitura suspeitas de corrupção. Por exemplo: o ex-diretor de aprovação de projetos da prefeitura de São Paulo Hussain Aref Saab acumulou pelo menos 106 imóveis de 2005 a 2012 e um patrimônio estimado 50 milhões de reais, conforme noticiou o jornal Folha de S. Paulo. Uma das supostas irregularidades cometidas durante a sua gestão foi a construção ilegal do gigantesco Templo de Salomão, que a Igreja Universal inaugura amanhã no Brás, no centro da capital paulista. Documentos oficiais apontam que a Universal entrou com um pedido de reforma de um prédio que estava demolido há anos (leia aqui). Histórias como essa ocorrem com frequência. Reduzir a burocracia e aumentar a transparência desses processos são medidas importantes para reduzir o custo da ineficiência e da corrupção, hoje infelizmente pagos em grande parte pelos consumidores.

Templo da Igreja Universal, no Brás: suspeitas de corrupção  na aprovação do projeto, um dos fatores que aumenta o custo dos empreendimentos (Paulo Lopes/Estadão Conteúdo)

4) Marketing
Quando o mercado está aquecido, os esforços de publicidade não precisam ser tão vigorosos, afinal o produto se vende praticamente sozinho. Mas quando o ritmo arrefece, uma das primeiras providências é investir na divulgação. Em 2005, a verba publicitária das incorporadoras era de 3% do total previsto para o empreendimento. Neste ano, já está batendo 8%. Entre as estratégias, está a criação de apartamentos decorados que reproduzem aquele que está sendo vendido na planta. São equipados com itens caros como espelhos e eletrodomésticos de última geração e assinados por estrelas do design (espertamente, esses projetos nunca têm portas, o que aumenta a sensação espacial do visitante). Depois de alguns meses em exposição, o local é desmontado e os objetos, jogados fora ou repassados a leilões virtuais que se encarregam de revendê-los. Estandes de vendas luxuosos também entram na conta, caso do que foi criado para o Jardim das Perdizes, da Tecnisa, na Zona Oeste da capital paulista e que consumiu mais de um milhão de reais. Uma sala de cinema exibia o vídeo do empreendimento e carrinhos de golfe transportavam potenciais compradores pelo terreno que abrigará 32 torres. Certamente não saiu de graça.

5) Processos artesanais
Quem já acompanhou de perto uma obra sabe o quanto de trabalho precisa ser refeito por causa de erros que poderiam ter sido evitados. Sem um ritmo industrial, a construção de empreendimentos fica a reboque de hábitos pouco produtivos, como o de primeiro erguer uma parede para então quebrá-la e instalar a parte elétrica. Claro que essas dificuldades também têm a ver com a falta de mão de obra qualificada, mencionada acima, mas sem investimentos em inovação não dá para esperar que os métodos construtivos se tornem mais eficientes da noite para o dia.
No cômputo geral, o que se nota é que seria possível erguer empreendimentos a um custo menor. E fazer mais barato significa vender mais barato. Mais precisamente, se fossem reduzidos 8% do custo da obra, seria possível vendê-la 4% mais barata. Nada mal para um momento em que cada real dos consumidores tem sido disputado a tapa pelo mercado.

Tecnologia faz espaço de apartamento ficar três vezes maior | CATRACA LIVRE

Reportagem publicada no portal catracalivre.com.br

60 metros quadrados é todo o espaço que o apartamento criado pelo projeto CityHome desenvolvido pela empresa de pesquisas americana MIT media lab mede. A habitação promete revolucionar qualquer espaço habitável, facilitando a vida de pessoas que necessitem de um local multifuncional, sem dispor de muito espaço.

Em uma área considerada mínima para se instalar o modelo, os desenvolvedores do CityHome conseguiram reunir tudo o que é necessário para se viver de maneira confortável.

MIT-LAB-CITYHOME-M-GEN

Nas habitações, o morador se sente como se estivesse morando em um espaço cerda de três vezes maior. Com uma caixa mecânica tecnológica localizada no centro do apartamento, ficam localizados diversos recursos que dão ao ambiente uma gama de funcionalidades. As funções somente são ativadas por meio de comando de voz ou aceno de mão do proprietário, podendo ser configuradas.

Com as ordens, é possível fazer a cama surgir da parte inferior do cubo ou a mesa de jantar aparecer em sua lateral. Além disso, o módulo pode se mover alguns metros em dois sentidos estendendo ou comprimindo o espaço de acordo com cada tipo de atividade realizada.

ARQ!BACANA: NonaBia abre as portas na OCA do Ibirapuera.

Texto tirado do site – http://www.arqbacana.com.br

Divulgação

Aconteceu ontem, 1º de novembro, o coquetel e uma cerimônia solene de abertura da mostra para autoridades, arquitetos e urbanistas e demais convidados. A abertura oficial da 9ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, a nonaBia, acontece hoje, dia 2 de novembro, a partir das 10h. 

Com o tema “Arquitetura para todos: construindo cidadania” e ocupando, pela primeira vez, o prédio da OCA, dentro do parque do Ibirapuera, em São Paulo, a Bia vai contar com exposições, oficinas de projeto, ateliers internacionais, seminários, fóruns de debates, além de eventos fora da OCA, como mostras nas escolas de Arquitetura e Urbanismo e em algumas estações de metrô, além de em algumas unidades do Sesc no interior do Estado.

A conferência de abertura da nonaBia acontece amanhã, dia 3 de novembro, com o arquiteto francês Dominique Perrault. O convidado vai apresentar seus projetos mais recentes no auditório Ibirapuera, às 14h. A entrada para este evento é gratuita – para as demais atrações da Bia, dentro da OCA, será cobrada entrada a partir de R$10. Além da conferência, Perrault realiza a curadoria da exposição oficial francesa na Bienal chamada “Metrópolis?”.

SERVIÇO:

9ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo

OCA – Pavilhão Lucas Nogueira Garcez
Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera
(11) 5083 4260 ou (11) 5083 4264

De 02/11 a 04/12 de 2011 _ terça a domingo das 10h00 às 22h00
Entrada R$ 10,00 / Estudantes R$ 5,00

Mais informações em www.nonabia.com.br

VISITE SÃO PAULO: Arquivo Histórico de São Paulo em exposição.

Texto tirado do site – http://visitesaopaulo.com/blog/

Com 40 itens do acervo entre documentos textuais, registros, livros de sepultamento e documentos gráficos como pranchas de arquitetura e fotografia, exposição foi aberta em 24 de setembro e vai até 21 de dezembro.

O Arquivo Histórico de São Paulo (AHSP), integrante do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, apresenta entre 24 de setembro e 21 de dezembro de 2011, em sua sede, no Bom Retiro, a exposição Arquivo Histórico de São Paulo: a cidade e seus documentos. O evento oferece um panorama sobre a história da cidade de São Paulo entre os séculos 16 e 20 a partir de documentos do acervo.

A exposição Arquivo Histórico de São Paulo: a cidade e seus documentos apresenta uma ampla seleção de documentos do valioso acervo da instituição, que registra a história da cidade sob diferentes aspectos, incluindo não apenas reproduções, mas um conjunto de documentos originais de diferentes gêneros e períodos. A mostra está organizada em cinco blocos, em ordem cronológica, considerando os seguintes momentos: Colônia e Reino Unido, Império, Primeira República e Formação da Metrópole.

Os visitantes poderão conhecer um conjunto de 40 itens do acervo da instituição, produzidos ao longo de quatro séculos, entre eles, documentos textuais do século 16 selecionados entre as atas da Câmara da Vila de São Paulo, registros de alterações administrativas como a elevação da vila à cidade em 1711, livros com relações de sepultamentos realizados a partir do século 18; documentos gráficos variados como pranchas de arquitetura e fotografia destacam-se no conjunto reunido a partir do final do século 19. Estes permitem aos visitantes conhecer projetos de edificações particulares e públicas, e intervenções de grande vulto.

A exposição procura ampliar a difusão do acervo institucional estimulando o seu conhecimento, muitas vezes restrito a pesquisadores especializados, pelos paulistanos, seus cidadãos. Em especial, o evento é dirigido a estudantes de ensino fundamental e médio, para o qual foram preparados diversos meios de aproximação tendo como mediação os educadores.

Serviço

Exposição “Arquivo Histórico de São Paulo: a cidade e seus documentos”

Local:  Arquivo Histórico de São Paulo

Endereço: Edifício Ramos de Azevedo. Praça Coronel Fernando Prestes, 152, Bom Retiro (Próximo do Metrô Tiradentes)

Abertura: 24/09, 11h (Sábado)

Entrada: Gratuita

Temporada: Até 21 de dezembro de 2011

Visitação: Segunda-feira a sábado, das 10h às 16h30

Informações: www.arquivohistorico.sp.gov.br

Telefone: 11 3396-6000

Agendamento para visitas guiadas em grupo: educativoarq@prefeitura.sp.gov.br  ou 11-3396-6018

ESTADÃO: Restauro revela obra inédita de Portinari em São Paulo.

Texto tirado do site – http://www.estadao.com.br

A maquete executiva do painel na Galeria Califórnia estava com o arquiteto Carlos Lemos; obra contratada previa tributo bandeirante.

Nas pesquisas para finalmente recuperar o painel Abstrato de Candido Portinari na Galeria Califórnia, na Rua Barão de Itapetininga, centro de São Paulo, foi encontrado um desenho inédito do renomado pintor – a maquete executiva do painel, que mostra exatamente o que Portinari previa para o local. O desenho é tornado público pelo Estado, nesta página, pela primeira vez.

Veja também:
link Público poderá ver trabalho de recuperação 

Obra revelada ainda não estava catalogada no Projeto Portinari - onde já existem 6,3 mil trabalhos | Tiago Queiroz/AE

A obra agora revelada – adaptada para a estrutura da galeria, com áreas em cinza nas bordas e a rampa que levaria ao antigo Cine Barão, no subsolo – não está catalogada pelo Projeto Portinari, que identificou 6,3 mil trabalhos do artista desde 1979. O desenho faz parte da coleção do arquiteto Carlos Lemos, chefe do escritório de Oscar Niemeyer na década de 1950 – foi Niemeyer quem projetou a Galeria, em 1951. “Ao que parece, a novidade é que Portinari demonstra com esse desenho sua intenção em adaptá-lo ao painel da parede. Como, para nós, entender os motivos do artista é sempre relevante, vamos voltar a São Paulo para colher novas informações”, disse a pesquisadora- chefe do Projeto Portinari, Noélia Coutinho.

Mais do que nova obra no catálogo do artista, o trabalho revela uma história desconhecida. A primeira descoberta é que o projeto contratado nunca foi executado: o painel deveria ser figurativo, representando bandeirantes paulistas. Seria inspirado no Monumento às Bandeiras, de Victor Brecheret, na frente do Parque do Ibirapuera, zona sul da capital. Mas o artista nunca chegou a produzir o trabalho. Em outubro de 1953, entregou um desenho abstrato – com base em estudos produzidos dois anos antes, segundo consta dos arquivos do Projeto Portinari.

“Um dia, a construtora do prédio (Companhia Nacional de Investimentos, CNI) começou a cobrar e liguei para o Portinari. Ele disse que, por falta de tempo, não faria mais o painel da forma combinada”, conta Lemos, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e então responsável pela obra. “Fui de trem até o Rio buscar o desenho. O que o Portinari fez foi simplificar o trabalho. E entregou o desenho que está lá até hoje.”

O que impediu o artista de realizar o combinado provavelmente foi excesso de serviço: entre 1951 (projeto da galeria) e 1955 (sua inauguração), ele produziu 815 obras. Foram 120 somente em 1951. “Essa é uma hipótese, mas temos de pensar que havia algo que o constrangia. Ele poderia achar que as empresas produtoras das pastilhas simplificavam o trabalho, por exemplo”, diz Isabel Ruas, responsável pelo restauro, que descobriu o desenho inédito. “Mas não há erros na execução: a empresa executora, a Vidrotil, trabalhou com o que existia na época e suas opções serão respeitadas no processo de restauro.”

Pela metade. As mudanças no projeto encomendado trouxeram a Portinari uma outra consequência: o artista recebeu apenas metade do valor combinado. “Tendo modificação das combinações iniciais, pela impossibilidade da execução direta dos trabalhos por parte de V. S., consideramos justo e estamos de acordo com a redução dos honorários estabelecidos, anteriormente, para CR$ 190 mil”, aponta carta da CNI, de 13 de outubro de 1953. Portinari não se opôs – e respondeu, dez dias depois, em carta endereçada a Lemos, na qual afirma esperar que o painel “não sofra nenhuma modificação”.

Outra descoberta é que Portinari previu o painel – de 6 metros de altura e 20 de largura – com fundo branco e número maior de pastilhas vermelhas no canto superior esquerdo. O cinza-claro no qual hoje o desenho está “mergulhado” foi opção de Lemos. “Não havia pastilhas brancas suficientes. Também não havia vermelho e a opção foi por essa espécie de cor de vinho”, disse Lemos, que afirma nunca ter revelado as tratativas para a criação. “Como estavam pesquisando, resolvi contar o que aconteceu. Foi simplesmente porque pesquisadores me procuraram.”

Placa. A história da construção do painel constará do memorial descritivo da obra. As informações serão exibidas em placas, instaladas perto do painel.

ÉPOCA NEGÓCIOS: Primeiro edifício transportável do mundo é construído na Finlândia.

Texto tirado do site – http://epocanegocios.globo.com

O edifício comercial tem três andares, 220 toneladas, 33 metros de comprimento, 12 de largura e 12 de altura. Painéis de aço que sustentam a construção se destacam pela resistência e leveza, além de serem relativamente baratos.

Edifício sendo finalizado nos estaleiros STX de Turku, onde foi construído.

A companhia finlandesa Neapo Oy construiu o primeiro edifício transportável do mundo, que tem três andares, 220 toneladas e ficará primeiramente na ilha de Hirvensalo, no arquipélago de Turku (Finlândia).

O edifício comercial, de 33 metros de comprimento, 12 de largura e 12 de altura, foi transportado nesta quinta-feira em uma embarcação dos estaleiros STX de Turku, onde foi construído, a um terreno alugado próximo ao litoral, onde foi colocado com a ajuda de um guindaste.

Após o fim do contrato de locação, os proprietários pretendem levar o prédio a um novo local, que também deve ficar próximo à costa, já que suas dimensões impossibilitam seu transportá-lo por estradas.

A companhia responsável pela obra patenteou os painéis de aço utilizados para a construção do edifício. De acordo com a empresa, o material se destaca por ser resistente, rígido e leve, além de relativamente barato.

“Uma construção similar feita de concreto pesaria pelo menos cinco vezes mais, por isso não seria possível transportá-la da mesma maneira”, disse à rede de televisão estatal “YLE” o executivo-chefe da Neapo, Olli Vuola.

O edifício, que conta com um área útil de 864 metros quadrados, demorou apenas oito meses para ser construído, incluindo a montagem dos painéis de aço, a instalação elétrica, o revestimento de azulejos nos banheiros, o encanamento e o acabamento final de pisos e paredes.

Especializada em construção residencial em módulos, a companhia finlandesa pretende exportar esta tecnologia inovadora a outros países, especialmente a regiões da Ásia onde terremotos são comuns.

“Acreditamos que nossos prédios com estrutura de aço podem interessar às construtoras asiáticas, já que são resistentes a terremotos”, afirmou Vuola. EFE

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