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Arcoweb | IAB/SP lança guia de passeios arquitetônicos pela região central

Publicado no portal Arcoweb

GRATUITA, A PLATAFORMA REÚNE MAIS DE 50 PONTOS DE INTERESSE E PODE SER ACESSADA PELO CELULAR

O departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil acaba de lançar um guia interativo de passeios arquitetônicos pelas ruas do centro da capital paulista. Gratuita, a plataforma pode ser acessada pelo celular, em versão simplificada.

Ao todo, os circuitos de caminhadas passam por mais de 50 pontos de interesse em uma área que abrange um raio de 600 metros em torno do edifício sede da entidade.

Além da localização geográfica, a ferramenta também apresenta uma breve descrição das construções a serem encontradas durante o passeio.

 De acordo com o IAB/SP, a iniciativa tem como objetivo divulgar a arquitetura da região central da cidade. A expectativa é de que a área e pontos cobertos pelo guia sejam ampliados conforme o desenvolvimento de pesquisas e sugestões dos usuários.

Para mais informações, acesse: www.passeiosiabsp.com.br (Versão de página também compatível com celulares)

Hortas Urbanas Coletivas | PAGAMA Social

Que São Paulo têm muita coisa logo_PAGAMA-social_Blogbacana e inusitada para ver e conhecer, isso já sabemos. Mas você sabia que em plena Avenida Paulista existe uma horta? Pois é! no Centro Cultural de São Paulo, localizado na Avenida Vergueiro, juntinho da Paulista, existe um espaço na cobertura destinado ao cultivo de ervas, legumes, frutas, flores e verduras, tudo orgânico. Este espaço, denominado horta comunitária é mantido por apoiadores e voluntários em mutirões coletivos mensais em que qualquer pessoa interessada pode ajudar. Os mutirões acontecem no último domingo de cada mês, 9h com café da manhã comunitário. | Rua Vergueiro 1000 – Paraíso  (11) 3397-4002

Ficamos curiosos e descobrimos outros lugares na cidade que cultivam hortas comunitárias. Veja alguns:

  • Feira de Orgânicos do Parque da Água Branca _ Todas às terças, sábados e domingos, das 7 às 12h. Tem bastante opção bacana e barata. Vale a pena conhecer. Ah! Em frente do local onde tem a feira, também tem café da manhã orgânico. | Av. Francisco Matarazzo, 455 – Perdizes  (11) 3875-2625
  • Horta do Ciclista _ Está localizada na Praça do Ciclista, próxima ao cruzamento de duas importantes vias de São Paulo, Av. Consolação e Av. Paulista, contrastando com o cenário de dinamismo econômico e individualista presente no entorno.
  • Horta Vegana _ A Horta Vegana fica a cerca de 200 m da Horta do Ciclista, na esquina da Av. Angélica com a Av. Paulista. Basta atravessar a Rua da Consolação para chegar lá. Nos mutirões os voluntários cuidam das duas hortas simultaneamente.
  • Horta da Vila Anglo _ A Horta da Vila Anglo é uma terra comunitária como a própria Terra! Sinta-se a vontade para nos visitar, participar e se inspirar! | Rua Rifaina, 274 – Vila Anglo – esquina com a Rua Pedro Soares de Almeida e travessa da Heitor penteado a 4 quadras do metro Vl. Madalena. Aos sábados a partir das 10h. Às terças-feiras a partir das 9h: atividades com mais de 50 crianças da associação do bairro.
  • Horta do BNH _ Localizado na Praça Maria Noeli Lacerda – Alto de Pinheiros, também conhecida como Praça do BNH. Os mutirões costumam acontecer aos Domingos, e são organizados através do Facebook _ Horta do Bê Ene Aga da Vila 

Achamos a iniciativa muito bacana, já que é uma forma de dar uso a espaços urbanos ou em edifícios subutilizados, incentivando a vizinhança local ao convívio social, educação ambiental e contemplação e responsabilidade que temos perante a cidade.  Tomara que a ideia se difunda e se espraie para todos os bairros da cidade.

Fontes: Sites das comunidades organizadoras.

O que é uma cidade compartilhada? | Archdaily

Por Constanza Martínez Gaete publicado em 29 de Junho de 2014

logo_PAGAMA-social_BlogAções que podem transformar a vivência na sociedade, tornando-a menos individualista e mais humana, além de conscientizar a todos que os espaços públicos e a cidade como um todo são de responsabilidade de cada um de nós e, portanto, deve ser utilizada e conservada.

 Cidades compartilhadas são aquelas onde os habitantes contam com plataformas – digitais ou presenciais – para se organizarem e compartilharem  espaços, serviços ou bens. Dessa forma, as cidades procuram se converter em lugares mais animados e sustentáveis.

 Embora como conceito não as temos tão presentes, os meios para fazer das cidades lugares compartilhados estão mais próximos do que imaginamos. Por exemplo, quando uma organização comunitária lança uma campanha para arrecadar fundos e financiar um projeto como uma intervenção urbana – falamos de financiamento coletivo ou crowdfunding, uma das práticas que torna possível as cidades compartilhadas.

 Para que mais pessoas conheçam esse conceito e suas potencialidades, o think tankLaboratorio para la Ciudad listou quatro categorias do que é possível compartilhar nas cidades. Enquanto isso, as organizações canadenses Cities for People e Social Innovation Gereration (SIG) propuseram cinco ideias para implementar essas práticas. Confira as definições a seguir.

 De acordo coma definição do Laboratório para a Cidade, os produtos e serviços que podem ser divididos em uma cidade são classificados em:

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© bilobicles bag, via Flickr

1. Conhecimento compartilhado

Como as cidades compartilhadas podem ser construídas a partir de experiências físicas e digitais, o think tank mexicano aponta o Moodle e a Wikipedia como exemplos de ferramentas de aprendizagem, já que através delas a informação é reunida e compartilhada.

2. Consumo de bens e serviços 

Os sistemas de empréstimo de bicicletas que existem em diversas cidades do mundo são uma prática de cidades compartilhadas, pois são bens usados por períodos de tempo determinados e em espaços públicos.

 3. Financiamento coletivo

 Nessa categoria entram as doações que as pessoas fazem a certos projetos culturais, sociais e tecnológicos através de plataformas coletivas como Kickstarter e Catarse.

 4. Produção

 “Faça você mesmo” (ou DIY – Do It Yourself) é como trabalham certos grupos que procuram fabricar seus próprios produtos; algo semelhante ao que ocorre na agricultura urbana.

 Por sua vez, as organizações Cities for People e Social Innovation Gereration (SIG), propõem o seguinte:

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Oficina de horta comunitária, via Facebook.

 1. Práticas de economia colaborativa 

Provavelmente o crowdfunding é uma das práticas mais conhecidas nessa categoria. Entretanto, existem outras que já podem ser vistas em diversas cidades, com a aprendizagem, consumo e produção colaborativa.

 Nesse sentido, um exemplo de aprendizagem coletiva são as oficinas de agricultura urbana organizadas pela ONG Plantabanda juntamente com os moradores de alguns bairros de Santiago, Chile, que ensinam a construir hortas que produzirão, num futuro próximo, parte de seus alimentos.

 Quanto ao consumo colaborativo, um bom exemplo são as feiras de bicicletas e de reciclagem; estas oferecem uma alternativa aos cidadãos, que podem escolher comprar produtos usados aos novos.

 2. Receber a mudança

 Adotar estas práticas faz com que os cidadãos possam ser parte desse tipo de atividade de um modo muito mais próximo, já que em certos casos são elas acontecem em lugares frequentados cotidianamente por eles.

 3. Tudo é questão de compartilhar

 É comum guardarmos em casa objetos sem utilidade; no entanto, se estes fossem compartilhados, não beneficiariam apenas quem os recebe, mas também entrariam num ciclo mais amplo de reciclagem de recursos preexistentes.

 4. Conectar as necessidades

 As redes de contato entre vizinhos e pessoas de outros bairros surgem por necessidades comuns. Nesse sentido, encontrar alguém para dividir o carro ou praticar algum exercício pode acontecer através de conexões comunitárias que permitam desenvolver novos mercados. Em Londres, um programa que já está funcionando é o GoodGym, que põe em contato vizinhos que estão interessados em se exercitar na companhia de outras pessoas.

 5. Tendência transformadora

 Um ponto em comum das práticas de economia colaborativa é a tecnologia; esta possibilita a conexão entre os organizadores e os demais cidadãos. Também nestas práticas são comuns três fatores: a confiança é centralizada em redes comunitárias; elas permitem ver diferentes realidades econômicas presentes numa cidade; e proporcionam transformações nas comunidades (e, em menor medida, em suas economias). 

 Via Plataforma Urbana. Tradução Camilla Ghisleni, ArchDaily Brasil.
Cita:Constanza Martínez Gaete. “O que é uma cidade compartilhada?” 29 Jun 2014. ArchDaily. Accessed 2 Jul 2014. <http://www.archdaily.com.br/br/623208/o-que-e-uma-cidade-compartilhada&gt;

Participação da PAGAMA arquitetura no Concurso Cultural “As Cidades Somos Nós – Propostas para a São Paulo de 2030”.

O Secovi-SP (Sindicato da Habitação), em parceria com o ITDP (Institute for Transportation and Development Policy), colocou em discussão a mobilidade urbana por meio do concurso cultural ‘As Cidades Somos Nós – Propostas para a São Paulo de 2030’. O objetivo foi estimular soluções criativas sobre o tema, bem como contribuir com as políticas voltadas ao adequado planejamento urbano e o futuro das cidades num horizonte de vinte anos.

Como parte integrante das atividades e atuação do escritório, a PAGAMA participou do concurso movida pelo tema e pela área de intervenção da proposta, o Terminal Bandeira e arredores, no Centro de São Paulo.

Com base no tema e espaço de projeto, nossa proposta de intervenção prevê maior interação entre os transportes coletivos e individuais, privilegia a mobilidade urbana e a interligação das regiões vizinhas, destaca as paisagens de interesse visual e histórico da área, reordena de forma coerente o transporte público e incentiva o fortalecimento das culturas e usos dos imóveis e moradores do bairro. De forma abrangente, a região é um ponto importante da cidade e pode estrategicamente iniciar um novo modelo de planejamento e pensamento urbano, expandindo para o restante da metrópole.

Acreditamos que a revitalização da área central e o desenvolvimento dos demais bairros não dependem de obras pontuais e extraordinárias, e sim no amparo e ordenamento das coisas cotidianas, numa melhor abordagem do transporte, nos comércios, habitações e espaços públicos, afinal uma cidade é feita desta rotina, e isso sempre será mais importante do que um museu ou outro equipamento secundário. Continuarmos com a política atual de priorizar aspectos que não são mais importantes como eram décadas atrás, permitir a especulação em detrimento à proteção e respeito a história da cidade e usar o restauro e intervenções espetaculosas que mais parecem uma grande maquiagem do que soluções para este ou aquele problema, não resolverá nossos anseios por um lugar que ofereça melhores condições e qualidade de vida, e chegaremos em 2030 como uma metrópole pior do que a atual.

Conheça a Proposta clicando na Prancha abaixo.

Prancha de Apresentação da Proposta - PAGAMA arquitetura

REVISTA AU: Consórcio entrega até 14 de julho projeto da Nova Luz.

Texto tirado da revista aU de Junho de 2011, na seção ‘CENÁRIO’

A prefeitura de São Paulo recebe até 14 de julho o projeto da Nova Luz , plano de revitalização urbana do bairro desenhado pelo consórcio da Concremat Engenharia, com Cia City, Aecom e Fundação Getúlio Vargas.

A entrega acontece depois de uma briga na justiça entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e a Associação dos Comerciantes da Santa Ifigênia. A associação obteve com o Tribunal de Justiça de São Paulo uma liminar impedindo o projeto, mas a prefeitura recorreu e, em três dias, conseguiu suspender a liminar.

O advogado da associação argumentou que a lei de concessão urbanística da Nova Luz feria a Constituição ao conceder às empresas o direito de desapropriar e revender imóveis. Mas o desembargador Sousa Lima entendeu que as desapropriações seriam apenas eventuais e que a lei de concessão atende uma finalidade pública e não de especulação.

O próximo passo da Secretaria é a abertura de licitação para empresas interessadas em executar o projeto. A prefeitura prevê que as obras comecem em 2012 e mostrem seus primeiros efeitos em cinco anos.

Veja as diretrizes e projeto proposto para a região.

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ESTADÃO: Revitalização do Pq. Dom Pedro II só deve ficar pronta em 2016.

Texto tirado do site – http://www.estadao.com.br

Projeto foi apresentado na quarta-feira, 4 de Maio, pela Prefeitura e obras devem começar até o início de 2012.

Por Tiago Dantas, do Jornal da Tarde

O projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II, centro, foi apresentado oficialmente na quarta-feira, 4 de maio, pela Prefeitura. As obras estão previstas para começar entre o final deste ano e o começo de 2012, mas as intervenções na área devem terminar apenas em 2016. Caberá ao próximo prefeito, portanto, dar continuidade ao programa, o que tem provocado desconfiança em quem trabalha na região.

Obras na região devem começar até o início 2012.

Não são só os prazos que preocupam. O projeto prevê muitas modificações: demolição de três viadutos, enterramento de 1,7 quilômetro da Avenida do Estado, criação de 2,6 mil vagas de estacionamento, revitalização da Rua 25 de Março, mudança de posição do terminal de ônibus e construção de moradias populares e equipamentos de educação e de lazer.

“Espero estar vivo para ver tudo isso”, brinca o comerciante Pedro Pereira da Cruz, de 63 anos, 40 deles no Mercado Municipal. “A ideia é muito boa. Se tiver um parque aqui na frente vai ser legal até para trazer a família da gente. Mas se fizessem só o estacionamento já estava bom”, completa. “Só de ter colocado o treme-treme no chão, o prefeito já merece crédito. Vai ficar bonito”, opina o lojista Paulo Saad, de 56 anos.

O prefeito Gilberto Kassab acredita que não há motivo para descrença. “Não tem sentido que a administração futura, qualquer que seja, não dê sequência. É um projeto da cidade, não da gestão.”

Até o fim do seu mandato, em dezembro de 2012, Kassab pretende entregar uma unidade do Sesc e outra do Senac no quarteirão onde ficavam os edifícios São Vito e Mercúrio – o protocolo de intenção foi assinado ontem.

A construção de um pontilhão para os ônibus acessarem o Terminal Parque Dom Pedro II e a demolição do Viaduto Diário Popular também devem acontecer no período.

A ideia da Prefeitura é inaugurar, também, um shopping para pequenos comerciantes na Rua 25 de Março e, se possível, começar a construção dos túneis da Avenida do Estado. Só essa parte do projeto vai custar R$ 1,1 bilhão e deve levar três anos. A cidade ainda não tem todas as garantias de onde virá o investimento.

Clique nas imagens para ampliá-las.

Parque Dom Pedro II antes da demolição dos edifícios São Vito e Mercúrio.
Projeto de revitalização deve ficar pronto em 2016, ao custo de R$ 1,5 bilhão.

“Estamos buscando alternativas de financiamento”, diz o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, que pretende pedir recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Há necessidade de tudo isso?”, questiona a urbanista Lucila Lacreta, diretora do Movimento Defenda São Paulo. 

Lucila entende que o projeto privilegia o transporte individual. Bucalem rebate, lembrando que um dos objetivos da proposta é resolver “um grande entroncamento e um grande nó no transporte público”. “Vamos devolver um parque belíssimo à cidade”, diz.

O Parque Dom Pedro II foi aberto em 1922, seguindo projeto do arquiteto Joseph-Antoine Bouvard, chefe dos serviços de paisagismo e de vias públicas de Paris. Após a inauguração da Avenida do Estado, entrou em processo de degradação.

ÉPOCA NEGÓCIOS: Primeiro city tour oficial de SP terá 9 paradas.

Texto tirado do site – http://epocanegocios.globo.com

O serviço de city tour está previsto para começar a funcionar diariamente em janeiro, das 9h às 18h, ao custo de R$ 40 por pessoa

Por Agência Estado

Ibirapuera será uma das paradas.

A região da Luz, no centro de São Paulo, será a primeira de nove paradas do roteiro criado pela São Paulo Turismo (SPTuris) para atender turistas na capital e paulistanos que queiram conhecer melhor a cidade. O serviço de city tour, hoje explorado apenas por agências de turismo, está previsto para começar a funcionar diariamente em janeiro, das 9h às 18h, ao custo de R$ 40 por pessoa.

O passeio será feito em ônibus panorâmicos de dois andares, conhecidos como double decker. O serviço é comum em várias cidades do País, da América do Sul e da Europa. Durante o trajeto, um guia de turismo bilíngue vai explicar as características arquitetônicas das construções e a importância histórica de cada uma delas e das regiões onde estão situadas.

A liberdade para definir o tempo dedicado a cada uma das atrações escolhidas é a principal característica do serviço. O ingresso do passeio terá validade de um dia e dará direito de embarque e desembarque em todos os locais definidos no roteiro. Assim, o turista poderá, por exemplo, descer no Pátio do Colégio e aproveitar para fazer outros passeios nas proximidades. Depois, bastará entrar no próximo ônibus e escolher outra atração.

As paradas do passeio vão seguir a ordem Luz, Mercado Municipal, República, Estádio do Pacaembu, Avenida Paulista, Ibirapuera, bairro da Liberdade, Pátio do Colégio e Teatro Municipal. “É um roteiro tradicional, muito procurado por quem vem de fora e vive na cidade. Em cada uma das paradas, o turista tem diversas opções de passeio. São Paulo demorou para ter um city tour. Tem tudo para dar certo”, afirma Maria José Giaretta, turismóloga e professora da PUC-SP.

A previsão é de que sete ônibus operem a linha turística. O intervalo entre eles será de uma hora. O percurso dos ônibus ainda não foi definido, mas deverá durar cerca de 3 horas e 20 minutos e a velocidade média será de 15 km/h. “O itinerário está sendo estudado em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a São Paulo Transporte (SPTrans). Queremos montar o melhor trajeto levando em consideração o trânsito da cidade e a questão de fiação”, explica Luciane. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

As Praças do Centro Novo de São Paulo: Histórias, Usos e Espaços.

O artigo a seguir é um trecho da Pesquisa Científica de autoria dos arquitetos Gabriela C. Kleber e Paulo H. Cuconati, elaborado em 2008 e apresentado no Simpósio do CONIC, realizado no mesmo ano. Para conferir a pesquisa na íntegra, clique nos links no final do artigo.

A Praça é um dos espaços públicos mais importantes na história de São Paulo, e isso é observado claramente no centro da cidade, que é um marco histórico, pois se trata da região onde foi fundada a hoje maior metrópole da América Latina, ou seja, é uma referência para a memória coletiva da cidade e do país, além de possuir qualidades especiais e singulares no âmbito metropolitano. Todo este progresso urbano também se deu através das praças públicas, podendo-se observar através delas cada momento político, econômico e arquitetônico pelo qual a capital paulista passou.

A Praça no Brasil desempenha um papel essencial nas relações sociais, desde os tempos da colônia. Na cidade colonial, surgiam os espaços livres públicos, os adros das igrejas. Era o espaço deixado á frente dos templos, onde a população se manifestava num espaço polivalente, palco dos costumes e hábitos da população. A praça é um elemento urbano e está diretamente ligada às questões sociais não sendo possível falar sobre praças sem analisar o contexto urbano no qual estão inseridas.

Na Europa, no final do século XVIII e começo do XIX, apareceram os primeiros espaços ajardinados destinados ao uso coletivo. No Brasil, na mesma época, foi construído o primeiro jardim público, o Passeio Público do Rio de Janeiro.

Nas nossas cidades, o termo praça é muito abrangente. Todo espaço verde público é denominado praça, até mesmo canteiros de uma avenida, espaços resultantes de um traçado viário, porém não poderiam ser chamados como tal já que não possuem um programa social com atividades e por não serem acessíveis à população já que estão localizados junto a grandes avenidas de intensa circulação de veículos. Já os espaços públicos secos, são chamados de largos ou pátios e não de praças como é na Europa, evidenciando a forte associação da praça com espaços ajardinados. Portanto, como objeto de estudo, podemos definir a praça como um espaço público aberto com um programa de atividades sociais e livres de veículos.

Os principais motivos para a praça ser vista como um padrão de qualidade podem ser os valores ambientais, como a melhoria na ventilação urbana, com a circulação de ar que facilita a dispersão dos poluentes melhorando os problemas da poluição atmosférica. Ou ainda a melhoria da insolação de áreas muito adensadas, a ajuda no controle da temperatura, já que a vegetação arbórea contribui com sombreamento e as superfícies vegetadas não absorvem nem irradiam tanto calor quanto os pisos de asfalto ou concreto e a melhoria na drenagem das águas pluviais com superfícies permeáveis, que absorvem parte das águas, evitando enchentes. Os motivos podem ter também valores funcionais, como o fato de serem importantes opções de lazer urbano, mesmo que tenham concorrência com outros espaços como shopping centers, parques temáticos, etc. Como também podem ser de valor estético e simbólico já que os espaços livres também são simbolicamente importantes, pois se tornam objetos referenciais e cênicos na paisagem da cidade, exercendo importante papel na identidade do bairro ou da rua. Os espaços verdes e ajardinados são progressivamente associados a oásis em meio à urbanização maciça.

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